quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

19 de dezembro: Nascimento de Alexandre O'Neill

Alexandre Manuel Vahia de Castro O'Neill de Bullhões nasceu a 19 de dezembro de 1924, em Lisboa. É descendente de irlandeses, sendo essa a origem do nome O'Neill. A sua família adorava livros. A avó Maria O'Neill era escritora e sufragista. O pai era bancário, mas tinha uma grande biblioteca em casa. Portanto, Alexandre O'Neill tinha tudo para, ainda em tempos de liceu, começar a explorar os caminhos da literatura. Tinha apenas 17 anos quando publicou os seus primeiros versos num jornal.


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Alexandre O'Neill.
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O poeta acabou por abandonar o liceu e realizou exames para frequentar a Escola Náutica, mas não prosseguiu com os estudos devido à miopia.

Envolveu-se no movimento surrealista em 1947. Depois de várias experiências e leituras, criou-se o Grupo Surrealista de Lisboa num encontro na pastelaria Mexicana. Era formado por O'Neill, Mário Cesariny, Fernando Azevedo, entre outros. Foi enquanto membro deste Grupo que o lisboeta publicou a sua primeira obra, A Ampola Miraculosa.

Mas O'Neill rompeu com o Grupo em 1950. Em 1951, publicou Tempo de Fantasmas, onde se encontra um dos seus poemas mais conhecidos, "Um Adeus Português".

Teve várias vezes problemas com a PIDE e não foi membro de partidos. Preferia focar-se na cultura, tendo sido coordenador de uma biblioteca itinerante da Gulbenkian, por exemplo. Também foi escriturário, cronista, tradutor, assessor literário, etc. Nunca foi um escritor profissional, mas conseguiu viver da escrita. Foi ele quem criou o slogan publicitário "Há mar e mar, há ir e voltar".


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Esta estátua que homenageia Alexandre O'Neill foi esculpida por Francisco Simões e encontra-se no Parque dos Poetas, em Oeiras.
Fonte da imagem.


A partir de 1957, passou a escrever para jornais. No ano seguinte, quando publicou No Reino da Dinamarca, começou a ser reconhecido pela sua poesia. Depois disso, foi publicando poesia, antologias de outros poetas e traduções. 

No dia 21 de agosto de 1986, faleceu após anos marcados por ataques cardíacos e AVCs. Ainda hoje, é visto como um escritor provocador e irónico que sabia jogar com as palavras.

Como uma forma de celebrar o seu legado, poderão ler, abaixo, a letra da canção "Gaivota", que foi escrita por ele e cantada pela grande Amália Rodrigues.




Alexandre O'Neill | Poema: Gaivota
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Fontes:

Alexandre O'Neill- Biografia. Disponível em: https://www.portaldaliteratura.com/autores.php?autor=332. Acedido a 19 de dezembro de 2019;


OLIVEIRA, Maria Antónia - Alexandre O'Neill. Disponível em: http://cvc.instituto-camoes.pt/seculo-xx/alexandre-oneill.html#.XfuKsT3APIV. Acedido a 19 de dezembro de 2019.


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